segunda-feira, 30 de março de 2015

Você NUNCA será uma boa mãe

Você está vivendo livre, sem se preocupar com nada e, de repente, se vê no meio de tanta gente opinando (médicos - cada um com suas teorias que na maioria da vezes são divergentes -, familiares, amigos e até o papagaio da casa da sua avó). É isso que acontece com quem se torna mãe. Já cheguei a pensar que, ao invés de um bebê, eu tinha um ímã para palpites dentro da minha barriga. E aí, nada que você faz está certo.
Abaixo, apenas alguns exemplos que comprovam que, por mais que você tente e se esforce para fazer tudo certo, as pessoas sempre vão te criticar e falar que você é uma péssima mãe.


- Você tenta ter a alimentação regrada durante a gravidez e come pouquinho de 3 em 3 horas: falam que está errado, porque mulher grávida tem que comer muito e você não está pensando no bebê. Porém, quando você come muito e satisfaz todos os seus desejos, te chamam de louca desesperada e dizem que o bebê vai nascer obeso.

- Quando o bebê chora, você espera e não vai correndo pegá-lo: dizem que você não tem coração e que não se importa com seu filho. Quando faz o contrário, está deixando-o mal acostumado e mimando-o.

- O bebê está crescendo, e ainda não está livre do hábito de mamar a noite: você não tem pulso forte, já que já devia ter tirado as mamadas noturnas há muito tempo, afinal, noite é para dormir e não para comer! Mas, quando decide mudar a situação e ele fica chorando por noites e noites, você é uma sem noção que deixa seu filho chorar de fome.

- Passada a licença maternidade, você volta a trabalhar: você é uma péssima mãe por deixar sua cria de poucos meses na creche ou com babá. Então, você deixa de trabalhar e passa a ser uma desajuizada porque não pensou que seu salário fará falta no orçamento de casa, e além do mais, o que você fica fazendo o dia todo? "Só" cuidando do bebê? Você está mimando ele demais!

- Antes dos seis meses, você não quer inserir na alimentação do seu filho, nada que não seja leite materno: "mas isso é um absurdo, ele está crescendo e seu leite não o sustenta mais, esses médicos não sabem de nada... e além do mais o bebê da filha da concunhada da vizinha da sua prima só tem 3 meses e já come até papinha de sal". E aí você começa a dar frutinhas mas... espera aí! "Está ficando louca? Nem água é necessária antes dos 6 meses! Isso está errado!"

- Passado um tempo depois do parto, você está com aquela vontade louca de sair. Curtir um pouco o maridão, dançar: "mas aí você não está pensando no seu filho! Que inconsequente!" Então, decide ficar em casa. E aí, quer saber o que vão dizer? Que você não desgruda dele, e que ele precisa se acostumar com a sua falta. E aí você fica naquele "Não sei se vou ou se fico, não sei se fico ou se vou!" Tanto faz, de qualquer em alguma roda de conversa você será citada como mau exemplo.

- A criança está dando birra, e você tenta acalmá-la: "como você gosta de mimar este garoto!" Ok, melhor deixá-lo dando show sozinho e fingir que não está vendo: "que tipo de mãe é você, que não presta atenção na malcriação que o (a) garoto (a) está fazendo?"


E aí o que resta é sempre seguir seu instinto. Ter a consciência de que você está se desdobrando e fazendo o que o seu coração de mãe manda. Isso tudo é normal, e não deve de forma alguma te tirar do sério. E continue sendo esta "péssima mãe" que dá tanto carinho e amor para quem você deu a vida!




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